Apesar de os processos criativos estarem em toda parte, os adultos continuam seguindo seu caminho habitual — um caminho menos criativo, especialmente no ambiente profissional. Ainda, quando adultos tentam "ser criativos" muitas vezes não simplificam, com objetividade. O resultado é "arte" que confunde.
Neste artigo, convido você a acompanhar o processo criativo que nos guiou para sair daquela "mentalidade profissional". Com isso, criamos um mapa visual, para a sala-conceito Sala Sunnyvale, com uma abordagem diferente. Com massinha. Mas fizemos assim - sem criar confusão e com originalidade.
Como designer gráfico, meu objetivo original era usar o Photoshop para criar um mapa de uma determinada área. O que fizemos? Acabamos partindo para um mapa simplificado. Mas vamos por partes:
É lógico que as opções, do mundo digital, são próximas daquilo que conhecemos. Podemos só colocar uma imagem do mapa, não é mesmo? E de certa forma, este caminho é correto. Começamos assim, com a ideia de apresentar a imagem, digamos, do Google Maps.
Mas é nessa hoje que começamos a visualizar os problemas, não é mesmo? Primeiro envolve o "por quê mostrar o mapa?". Pensamos assim. Bom, seguindo esta dúvida que merece reflexões sobre o propósito, levantamos algumas ideias:
Usei a palavra “brincando” por causa da sensação ao considerar a ideia. Por que eu não pensei que trabalhar com argila de porcelana era, na verdade, um processo de design baseado em experimentação e aprendizado? Não — o primeiro pensamento foi que eu estava apenas brincando e perdendo tempo.
O caminho alternativo que consegui seguir me permitiu refletir sobre essa força oculta que me puxa para fazer as coisas do jeito que sempre faço, com o conhecimento que já tenho. É algo sutil e rápido — e por isso escrevi este texto reflexivo.
Mas essa força de tração não vem apenas de dentro de nós. Você já considerou perguntar ao cliente sobre a possibilidade de seguir um caminho diferente? Se o prazo for urgente, ele vai, gentilmente, pedir para você nem tocar no assunto.
Antes de narrar os eventos desafiadores dessa luta contra a força, preciso prestar homenagem à ferramenta que me deu forças para enfrentá-la: o livro O Caminho do Artista, de Julia Cameron.
No dia seguinte, com o estoque de argila quase acabando, senti uma pressão para experimentar modelar em menor escala. Como de costume, surge aquela força negativa dizendo:
Modelar objetos menores vai deixar tudo ainda pior!
Mas, para minha surpresa, aconteceu exatamente o contrário. Como eu não conseguia usar meus dedos grossos, precisei utilizar objetos para ajudar na modelagem. Foi impressionante ver como o resultado ficou muito melhor e foi feito muito mais rápido, com muito menos material.
Eu ri e fiquei impressionado. E esse encantamento inicial quase me impediu de perceber que, na verdade, eu havia descoberto uma técnica — um novo conhecimento.
Com a nova habilidade e as ferramentas, as coisas começaram a fluir. Eu estava usando um lápis, uma faca e até os dedos para enrolar palitinhos. Depois vieram uma caneca de cerveja, uma garrafa de cerveja, um churrasquinho no espeto e um prato com falafel em cima.
Depois, o kit do café da manhã:
Agora, de certa forma, estávamos operando na "vibe", descobrindo os truques, como modelar, simplificando. Tudo bem:
Mas é agora que nossos problemas - adultos - voltam. Então, rumo à ideia de concluir o mapa, senti que era um trabalho amador, composto por uma arte de certa forma abstrata ou amadora, que não teria aplicação no projeto. Legal, mas não para colocar na página final.
Podemos dizer que é nessas horas que muitas vezes pecamos. Porque esquecemos quem somos, como adultos e profissionais. Que sim, podemos sair da "caixa da arte" e voltar para aquela outra caixa, do profissional que pode e faz bem um bom trabalho de finalização.
Então, partimos, para o Photoshop, mudando um pouco as cores, harmonizando daquela forma digital. E colocando um toque de digital no meio - as ruas com degradês estilo Photoshop. E legendas. Agora sim, pareceu um criativo artístico com aquele toque, ou retoque, digital.
O resultado final foi este: